O outono entra tão de mansinho, enlaça-se numa réstia de verão até que sinta que ela lhe coarta os ímpetos e, sem demora, reconhece que lhe pertencem os dias e meses que se sucedem. Sob o céu azul e por detrás de tantos dias iluminados e quentes, cansa-se de esconder a sua verdadeira índole e, então, lança as marcas de elo de ligação entre o verão que é passado e o inverno que prenuncia.
Existir implica a primazia de não desistir que nos leva a aceitar todos desafios da vida, os fáceis e os difíceis. Ambos podem ser compensadores e estimulam-nos a dar resposta a todos os desafios sequentes e aos riscos que comportam, incluindo a derrota e a destruição de sonhos que podem desencadear a decisão entre resistir e não resistir e, consoante a escolha que façamos, o desafio final é sempre entre construir e sucumbir, vencer e perder.
Olhando uma imagem, há quem afirme que ela vale por mil palavras. Mas são as palavras que, nas tonalidades ajustadas, descrevem as imagens que desenham uma história de vida: emoções e sentimentos, sofrimento e momentos de felicidade...